BREVES (QUE ESTOU ATRASADO)
Estou de saída para a SCRIPT RUN. Durante 24 horas, 20 equipas de argumentistas terão de chegar ao guião final de uma curta metragem, seguindo os passos de uma metodologia sensata. Vou acompanhar, dando o meu melhor, para que eles criem filmes capazes de levar bola preta no Público...
No eléctrico 28, uma mulher decidiu entrar com uma cadelinha ao colo (não era tão pequena como isso, mas levava trela e ia ao colo). O azar foi o guarda-freio estar a entrar de turno e de ter sido admoestado pelo colega que levava o carro de "ser um fraco e de baixar as calças" diante dos problemas. Vá do homem embirrar com o cão e de querer pô-lo (a) e à dona na rua. Esta recusou-se invocando a lei. No eléctrico, as opiniões dividiam-se sendo a mais ouvida a de um jovem africano, que estava na hora de almoço e cheio de fome. E a de um reformado enérgico que berrava pedindo o número do decreto-lei e a explusão canídea. Quinze minutos e uma fila de carros depois, o polícia castigador ainda não tinha aparecido. Fui a pé para casa, mas suponho ter sido mais um exemplo do rigor maravilhoso de um funcionário diligente ("E se ele fizer porcarias é a senhora que vai limpar? Hã'!").
ps: se alguém souber o que diz a lei sobre o transporte de animais nos eléctricos, esclareça-me, já agora.
Ontem estive em tertúlia, para os lados de Santos. A coisa não correu mal. Lá fui encostado à parede com a acusação subentendida de que era impossível não escrever para o público "caso contrário não publicaria". Como se o acto de escrever se compadecesse com os destinos vulgares da coisa impressa. Enfim, opiniões.
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